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sábado, 22 de outubro de 2011

Replantando a esperança




Numa imprecisa confluência da noite,
deixei duas esperanças
sob um luar enfadado,
sob cansadas estrelas,
sob uma frustrada aurora.
Não sei buscá-las, pois havia neblina
e uma predestinação de que tudo se dissolvesse
como, no vento, um indefeso perfume.
Cultivarei outras
sob a mesma lua arredia,
sob as mesmas estrelas inarredáveis,
sob outra, quiçá mais generosa,
aurora.


Alaor Chaves