sábado, 1 de dezembro de 2012
O Fim do Mundo na Rua dos Guajajaras
Eu quero um aquário
Do tipo comunitário
Com muitas pedras coloridas
E peixinhos dourados
Onde eu possa ver a vida
Imersa na água
E saber que o mundo
Quando for alagado
Pela ira de um Deus
(Este ser mal humorado)
Não há de acabar
Não, Senhor,
O mundo há de virar
Um imenso aquário
Como este da vitrine
Na Rua dos Guajajaras.
Quanto custa, meu filho,
Este belíssimo aquário?
E me diz o rapaz
Sem nenhum cuidado:
Quarenta e cinco mil reais
À vista ou no crediário.
E lá se foram meus planos
De pensar que o mundo
E os homens – estes seres solitários
Viriam a ser um dia
Um imenso cardume
De peixinhos dourados.
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