De todas as as atitudes cristãs,
Perdoar é a mais difícil,
Porém imprescindível
Os que menos merecem
São os que mais necessitam
Amigos,
Perdoemos uns aos outros
Por termos perdoado tão pouco.
De todas as as atitudes cristãs,
Perdoar é a mais difícil,
Porém imprescindível
Os que menos merecem
São os que mais necessitam
Amigos,
Perdoemos uns aos outros
Por termos perdoado tão pouco.
Infeliz o homem
Cujo coração já não difere
O justo do injusto,
E por isso queda
Perante os abusos
Se meus olhos foram vendados,
Ainda assim
Percorro o mundo,
Inseguro como um cego
Tateando no escuro
À procura do caminho
Embora a balança seja quebrada,
Ainda assim a justiça
Deve ser medida
Eu a ponho em minhas mãos
E a meço,
Assumindo o risco
De estar errado,
Mas não me omito
E se quebram minha espada,
Eu não me lamento,
Recolho os cacos e resisto,
Jamais eu me entrego
Jamais eu me rendo
E ainda que meus olhos sejam arrancados,
Eu não me darei por vencido,
E aprenderei a lutar
Erguendo a bengala.
O que não me contas
Eu não quero saber
O que não me mostras
Eu não quero ver
O que não me dás
Eu não quero ter
E pelas migalhas
Muito obrigada!
Sei que tu me destes
Tudo de bom que tinhas
Eu agradeço e te louvo
Apesar de tão pouco
Especialmente, querida,
Por esta lição de vida
És prudente em não dar a mim
O que não possuis sequer para ti
Quem realmente somos
É alguém que a nós nunca se apresenta
Francamente
Vai permeando as vistas
De uma viscosidade sangrenta
A cada passo que a muito custo damos,
Recua
E se disfarça
Mas volta e nos apunhala
Covardemente
Penetra nas sombras da noite
Como um demônio
E some
Quando voltará a arrancar a nossa carne
Até a alma
Ninguém sabe
Quem realmente somos
É este anjo que nos sangra a face
E esta fera que nos lambe
O sangue
Piedosamente