Me parece, ou melhor, é inconteste
que me fui análogo, mas nunca exato.
Andei pelo mundo como se fora a vida
enquanto a vida esteve confusa
na busca do meu personagem.
Nunca cheguei aos pés dos meus
sonhos,
ou melhor, da criança que iniciou meu
caminho.
Não cheguei a decidir entre ser
grande,
como Pessoa, ou Pascal,
ou apenas real,
como, parece, esteve ao alcance das
minhas mãos.
As mãos pensativas, mantive-as nos
bolsos,
e ao afinal libertá-las já nada
alcançam.
Parece que não levantei no melhor do
meu
humor,
ou melhor, definitivamente tenho
estado mal.
O que no fundo não é mal, pois me
evita conviver
com essa esperança que me ilude como
um
vendedor de ungüentos.
Alaor Chaves