Perdoar a impotência e o desespero
De um homem que se perde,
À procura de si mesmo
À procura de si mesmo
E deixar que a água fresca do amor
Controle o fogo de nosso espírito,
Sempre tão combativo
Controle o fogo de nosso espírito,
Sempre tão combativo
Abrir mão do combate
E render-se ao lado de quem, exausto,
Já se entregou. E resignar-se.
Não se tornar mais um desvio
Para um rio que segue para o mar,
Num caminho torto e cansativo
Não se tornar mais um desvio
Para um rio que segue para o mar,
Num caminho torto e cansativo
Suportar o cansaço, insigne,
E se nada mais puder ser feito,
Fazer-se de travesseiro
Sempre ao lado, nem sempre firme,
Ser amigo
É ser a margem que ladeia o rio.
E se nada mais puder ser feito,
Fazer-se de travesseiro
Estar sempre disponível,
E se for preciso, humildemente,
Fazer-se ausenteSempre ao lado, nem sempre firme,
Ser amigo
É ser a margem que ladeia o rio.