Quem realmente somos
É alguém que a nós nunca se apresenta
Francamente
Vai permeando as vistas
De uma viscosidade sangrenta
A cada passo que a muito custo damos,
Recua
E se disfarça
Mas volta e nos apunhala
Covardemente
Penetra nas sombras da noite
Como um demônio
E some
Quando voltará a arrancar a nossa carne
Até a alma
Ninguém sabe
Quem realmente somos
É este anjo que nos sangra a face
E esta fera que nos lambe
O sangue
Piedosamente