A poesia se veste de saia
Não porque isso lhe caia
Melhor que um terno preto
O dilema da poesia
É esse seu defeito
De querer insinuar certas coisas
Não que um homem de terno,
Sem nenhuma costura torta,
Não tenha lá os seus mistérios
Mas as coxas, sobrepostas,
São as próprias dunas do deserto
Onde o Diabo atentou Nosso Senhor.
Não porque isso lhe caia
Melhor que um terno preto
O dilema da poesia
É esse seu defeito
De querer insinuar certas coisas
Não que um homem de terno,
Sem nenhuma costura torta,
Não tenha lá os seus mistérios
Mas as coxas, sobrepostas,
São as próprias dunas do deserto
Onde o Diabo atentou Nosso Senhor.